Não podemos esquecer que o governo vem trabalhando fortemente para deixarmos de beber vinho. Ora por conta da exigência dos selos (uma estratégia das vinícolas brasileiras para reduzir ou dificultar a importação), ora pela elevada carga tributária das bebidas.
Impostos, sempre os impostos. Em um pais como o Brasil onde se paga muito e não se tem nada em troca os impostos sempre serão assunto de roda de empresários, mas queria que as pessoas entendessem um pouco da carga tributária que está embutida em uma garrafa de vinho.
Para se ter uma ideia, de acordo com números do Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária (IBPT), a carga tributária total que incide sobre o preço de uma garrafa produzida fora do Brasil e da zona de influência do Mercosul, é responsável por 83,4% do preço pago pelo consumidor final. Isso é muito mais que se paga pela importação de uma arma de fogo!!!
Ainda de acordo com números do IBPT, no preço final de um vinho produzido em solo brasileiro, cerca de 64% é puro imposto.
Vamos entender melhor: Uma garrafa de vinho importado carrega o peso do IPI, ICMS, COFINS, tributos sobre salários, IRPJ, CSLL, além do Imposto de Importação (com exceção da Argentina e Chile que tem isenção do imposto de importação por serem membros do Mercosul). Não contabilizamos ainda o valor do frete, que por sinal o do Brasil é um dos mais caros do MUNDO e chega a representar 27% do custo do produto na prateleira.
TOTAL SOBRE O VINHO NACIONAL: 63,84%
TOTAL SOBRE O VINHO IMPORTADO: 83,84%
Só para simular, uma garrafa nacional vendido por R$ 100,00 estamos pagando R$63,84 de impostos e R$ 36,16 é o custo do líquido e o lucro do vendedor.
E uma garrafa de vinho importado por R$100,00 estamos pagando R$83,84 de impostos e R$16,16 é o custo do líquido e o lucro do vendedor.
Por isso, um vinho de R$ 100,00 argentino ou chileno tende a ser de melhor qualidade do que um de mesmo valor de venda importado de outros países.
Infelizmente, pagamos muito caro para beber nosso tão apreciado líquido.
Uma boa semana para todos!
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