Algumas dicas de Custo x Benefício

Essa semana fiz uma palestra no Clube Curitibano para um grupo muito especial de Rotarianos.
A ideia da palestra era passar algumas dicas de como escolher vinho pensando na relação Custo x Benefício.

Reproduzo aqui algumas delas:

1) Entre vinhos de valores iguais prefira sempre os da Argentina ou Chile. Por conta do imposto e do frete eles tendem a ser melhor do que os vindos de muito longe e sem isenção de impostos.

2) Cuida da garrafa. Prefira sempre as garrafas que estão atrás na prateleira. As pessoas manipulam muito as garrafas da frente.

3) Não compre vinhos brancos jovens com mais de 2 anos. A chance de estarem ruim são grandes.

4) Na dúvida sempre escolha vinhos produzidos com uvas "fortes" da região do vinho.

• a) No Brasil --> Merlot
• b) Na Argentina --> Malbec / Bonarda / Torrontes
• c) No Chile --> Carmenère / Cabernet
• d) ....

5) Não tenha medo de errar na escolha. É sempre uma boa oportunidade de abrir outra garrafa.

Agradeço ao Nóbile e todos os amigos do Rotary e do Clube Curitibano pela oportunidade.

Boa Semana!!!

Restaurante La Varenne

Hoje tive o prazer de almoçar no La Varenne em Curitiba. 

É um novo restaurante inaugurado a pouco mais de 2 meses com uma proposta bastante ousada: ser um dos melhores restaurantes da cidade, e pelo que degustei hoje eles irão conseguir.

Cardápio fantástico, atendimento muito bom, com uma decoração impecável são alguns atributos desse novo restaurante.

Um dos pontos altos é a cozinha aberta para o público, coisa que poucos tem coragem de fazer.

A adega é boa, mas ainda precisa de rótulos que façam jus a qualidade da comida. Pelo que eu vi são vinhos do dia a dia. Conheci o sommelier e trocamos algumas ideias e ele está trabalhando para melhorar a carta.

O ponto forte é a comida. Eu degustei um fettuccine com ragu de cordeiro inesquecível.

Para quem vive em Curitiba ou está na cidade a passeio vale a dica.

Boa semana.

O marketing do vinho

Faz muito tempo que estudo e aprecio vinho, mas tenho dedicado mais tempo com o poder mercadológico do vinho.

Se repararmos, o vinho está presente em momentos de confraternização, festas, pedidos, momentos tristes, seja na forma mais tradicional, seja na forma espumante.

O vinho também é um perfeito presente em qualquer circunstância.

E porque o vinho tem todo esse poder a milênios? É uma boa pergunta.

O vinho e o marketing estão juntos,  mesmo de antes da palavra marketing ter aparecido e ai nasce outra pergunta: Qual o origem da palavra MARKETING?

A origem da palavra marketing vem da mitologia grega com a divindade Hermes.

Zeus fez de Hermes a divindade que cuidaria dos negociantes.

No Império Romano Hermes passou a ser o Deus da Indústria e do Comércio. Da palavra latina mercis (mercadoria) surgiu o nome de Hermes: Mercúrio. 

A palavra mercis deu origem ao termo francês marché: que significa o local onde se comercializa produtos - o nosso mercado.

No século 20 os americanos traduziram a palavra marché para "market" e na década de 50 a palavra passou a ser usada no mundo dos negócios e surgiu marketing : “tudo o que influi na comercialização de um produto.”

Agora que sabemos a origem da palavra marketing fica ainda mais claro a proximidade do vinho e do marketing (tudo que influi na comercialização de um produto). O vinho propicia a conversa mais solta, o vinho aproxima as pessoas, o vinho ajuda na formação de amizades e no negócios a criar alianças sólidas, ou seja, influi na comercialização.

Por essa razão tenho me debruçado sobre o estudo do vinho como forma de influenciar os negócios.

Aos poucos vou compartilhando com vocês o meu aprendizado nesse assunto.

Uma boa semana para todos e bons negócios!

Caldora Yume Montepulciano D'Abruzzo DOC

O resultado da enquete da Planeta Vino deu como vencedor o vinho Caldora Yume Montepulciano D'Abruzzo DOC para a super promoção da loja.

O valor do vinho, que no mercado está entre R$ 72,00 e R$87,00 está na loja por R$ 69,00.

Vale a pena ter na adega!

Bom dia para todos.

Velho ou Novo Mundo: Tem diferença?

Não raras vezes pessoas me perguntam qual o melhor vinho, do novo ou do velho Mundo? Outras vezes o pré-conceito de que em entende de vinho só bebe velho Mundo e quem não entende gosta do novo Mundo reina nas confrarias mundo a fora.

Essa discussão é antiga e não tem resposta fácil.

É claro que os quase 5000 anos de experiência em produção de vinhos acumulados pelos produtores velho Mundo já garantiu uma superioridade absurda, mas com a globalização os produtores do novo Mundo tem acesso aos mesmos equipamentos e profissionais que os produtores da Europa e isso diminuiu a distância entre os vinhos do velho e do novo, mas será que esses itens bastam ?

Não podemos esquecer do terroir e que o vinho está "vivo" dentro da garrafa o que sempre fará com que os vinhos sejam diferentes garrafa a garrafa.

Gosto é gosto e não se discute e cada pessoa deve desenvolver o seu em busca do prazer do bom vinho.

E viva o velho mundo novo!

Boa semana.

Enquete para Super Promoção de Vinhos Italianos

A loja PlanetaVino (http://www.planetavino.com.br) está realizando em sua fun page do Facebook uma enquete para saber qual vinho o internauta quer ver numa super promoção que estão preparando de vinhos italianos.

Quem puder ajudar é só responder a enquete no link

https://www.facebook.com/planetavino?v=app_315624978481512&

Vamos ver que super promoção é essa!

#ficaadica

Bom dia para todo!

Quanto imposto existe no vinho?

Sempre ouço pessoas reclamando do preço do vinho ou que não tomam vinho porque é muito caro. Sim, existem vinhos caros por vários motivos, mas o mais comum é por oferta pequena para a demanda. Grandes vinhos são produzidos em pouco quantidade e por isso tem custos elevados em raros casos vinícolas investem mais em marketing do que no vinho e as pessoas acabam buscando pelo vinho e gera um aumento especulativo.

Não podemos esquecer que o governo vem trabalhando fortemente para deixarmos de beber vinho. Ora por conta da exigência dos selos (uma estratégia das vinícolas brasileiras para reduzir ou dificultar a importação), ora pela elevada carga tributária das bebidas.

Impostos, sempre os impostos. Em um pais como o Brasil onde se paga muito e não se tem nada em troca os impostos sempre serão assunto de roda de empresários, mas queria que as pessoas entendessem um pouco da carga tributária que está embutida em uma garrafa de vinho.


Para se ter uma ideia, de acordo com números do Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária (IBPT), a carga tributária total que incide sobre o preço de uma garrafa produzida fora do Brasil e da zona de influência do Mercosul, é responsável por 83,4% do preço pago pelo consumidor final. Isso é muito mais que se paga pela importação de uma arma de fogo!!!

Ainda de acordo com números do IBPT, no preço final de um vinho produzido em solo brasileiro, cerca de 64% é puro imposto.

Vamos entender melhor: Uma garrafa de vinho importado carrega o peso do IPI, ICMS, COFINS, tributos sobre salários, IRPJ, CSLL, além do Imposto de Importação (com exceção da Argentina e Chile que tem isenção do imposto de importação por serem membros do Mercosul). Não contabilizamos ainda o valor do frete, que por sinal o do Brasil é um dos mais caros do MUNDO e chega a representar 27% do custo do produto na prateleira.

TOTAL SOBRE O VINHO NACIONAL: 63,84%

TOTAL SOBRE O VINHO IMPORTADO: 83,84%











Só para simular, uma garrafa nacional vendido por  R$ 100,00 estamos pagando R$63,84 de impostos e R$ 36,16 é o custo do líquido e o lucro do vendedor.
E uma garrafa de vinho importado por R$100,00 estamos pagando R$83,84 de impostos e R$16,16 é o custo do líquido e o lucro do vendedor.

Por isso, um vinho de R$ 100,00 argentino ou chileno tende a ser de melhor qualidade do que um de mesmo valor de venda importado de outros países.

Infelizmente, pagamos muito caro para beber nosso tão apreciado líquido.

Uma boa semana para todos!